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Mostrando postagens de outubro, 2021

‘Onde estava o Isso, o Eu deve advir’: caminhos da clínica contemporânea por René Roussillon

Nossa colega Camila Junqueira conta ao Departamento de Psicanálise suas impressões sobre a palestra do psicanalista René Roussillon, intitulada Análise das Necessidades do Ego, organizada pelo Centro de Estudos Psicanalíticos em 18/09/21. Confiram no Blog . ‘Onde estava o Isso, o Eu deve advir’: caminhos da clínica contemporânea por René Roussillon Camila Junqueira Na ensolarada manhã do dia 18 de setembro de 2021, René Roussillon nos brindou com sua instigante palestra sobre a ‘análise das necessidades do ego’, organizada pelo Centro de Estudos Psicanalíticos em São Paulo. Isto sem sair do conforto de sua casa, em Lyon, certamente um ganho, entre tantas mazelas, que a pandemia de covid-19 nos trouxe. Ao falar sobre as necessidades do ego, Roussillon nos lembrou que a dedicação ao estudo do Eu não se dá sem certa polêmica, ao menos na França, desde que Lacan propôs, através de seu retorno a Freud, a importância da ‘lógica do desejo’ e do afastamento dos engodos do campo imagin

A mente do analista

Ivan Martins resenha "A mente do analista", de Luis Claudio Figueiredo, livro em que ele se empenha em apresentar aspectos do que considera a boa escuta psicanalítica – aquela que, alimentada pela ética da reserva, procura o susto e o inesperado, em vez da segurança da repetição.    A MENTE DO ANALISTA Ivan Martins A passagem que dá nome ao romance “O apanhador no campo de centeio”, de Salinger, é o relato de um sonho. O sonhador adolescente descreve um campo de centeio e, nele, crianças que correm felizes, inadvertidas para o penhasco que margeia o lugar. Ele sente que gostaria de estar ali para sempre, protegendo as crianças, apanhando-as antes que caíssem do penhasco. O professor Luís Claudio Figueiredo usa essa imagem poderosa para definir, em seu novo livro, a ambição onipotente (tanto perigosa quanto, em alguma medida, essencial) que inspira o trabalho dos analistas - a de salvar seus pacientes, e talvez, como no sonho reparatório de Salinger, salvar algo de si