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Mostrando postagens de novembro, 2021

Impressões sobre o evento Experiências Transidentitárias – ressonâncias no campo clínico-político, familiar e social,

Janete Frochtengarten, colega do Departamento de Psicanálise, relata de forma sensível suas impressões sobre o evento Experiências Transidentitárias – ressonâncias no campo clínico-político, familiar e social , realizado pelo Grupo Generidades do Departamento de Psicanálise do Sedes Sapientiae no dia 23 de outubro deste ano, um acontecimento forte, intenso, que abordou questões importantes para todos que se dedicam à escuta humana. O evento “Experiências Transidentitárias – ressonâncias no campo clínico-político, familiar e social” realizado pelo Grupo Generidades do Departamento de Psicanálise do Sedes Sapientiae aconteceu no dia 23 de outubro deste ano. Um acontecimento forte, intenso, que repercutiu até mesmo no dia seguinte, um domingão, em mensagens/Whatsapp que voavam, febris, entre colegas e amigos. Começando... Alguns pontos de vista divergentes vindos de textos de psicanalistas nos anos – nem tão longínquos – da década de 2010. Michel Schneider e Pierre Legendre (20

Viver em companhia da morte: Em defesa da demissão por justa caus

A análise do humor presente nos memes pandêmicos inspira Maria Laurinda R. Souza , colaboradora do Blog e professora do curso Psicanálise Teoria e Clínica, a jocosamente ensonhar um emergente seco em nossas gargantas "você está demitido, Nosferatu!".   VIVER EM COMPANHIA DA MORTE:  EM DEFESA DA DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA. Este texto foi escrito em setembro, logo após o fatídico pronunciamento do dia 7/9. As charges e memes que imediatamente ocuparam os meios de comunicação, reavivaram em mim, talvez por contraste das imagens, o que, desde o início da pandemia, havia despertado minha atenção: uma série de memes utilizando a figura da Rainha Elizabeth. Mais frequentes nos primeiros meses, pareciam apelar para a possibilidade de vencer a morte por uma identificação mágica com sua figura: Conheci Jesus Cristo: era uma criança muito alegre Amo o Egito! Lembro de muitas baladas com minha amiga Cleópatra. Uma fofa! Antigamente eu criava tartarugas, parei porque a gente aca

Entrevista de análise em tempos de pandemia

  Fundadora do Blog, nossa colega Fernanda Borges discute, com sensibilidade e do ponto de vista do analista, questões da clínica sobre as primeiras entrevistas em tempos de pandemia. ENTREVISTA DE ANÁLISE EM TEMPOS DE PANDEMIA Outro dia, em uma conversa, uma amiga psicanalista comentava de seu mal-estar em receber para primeiras entrevistas de análise pessoas que estavam entrevistando mais de um psicanalista, às vezes até 3 ou quatro. Recentemente passei por experiências semelhantes. A situação não é inédita, entretanto, no passado, parecia menos frequente. A pandemia deflagrou uma onda de sofrimento: a vida passou a ser questionada, o home office aproximou as famílias, mas também foi responsável pelo aumento no número de divórcios e de violência doméstica. A não divisão entre trabalho e casa aliado ao isolamento social e ao fechamento das atividades de lazer habituais produziram um aumento de horas trabalhadas e de casos de burnout. Vimos aumentar o número de pessoas com queix