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Mostrando postagens de agosto, 2016

Conversas sobre Psicanálise e Política: Tales Ab'saber fala sobre o psicanalista e a política

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A série "Conversas sobre Psicanálise e Política" está de volta! Desta vez a equipe do Blog foi conversar com Tales Ab'saber sobre o tema de nosso debate. O psicanalista retorna a Freud e relembra os modos como este se posicionou frente às questões políticas de seu tempo como a guerra e o nazismo e reflete sobre a posição do analista em relação à política no atual contexto do Brasil. Confiram o vídeo a seguir.                                                                             por Peu Robles e Luiza Sigulem

Paternidades IV: Pai e filho, por Rodrigo Savazoni

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Encerramos o mês de agosto com nosso último post sobre "Paternidades". Vejam o relato da experiência de ser pai de Rodrigo Savazon i que, além de pai, é escritor, realizador multimídia, pesquisador e ativista. Pai e filho Tinha 23 anos e estava de ressaca quando Lia, minha companheira, me despertou com a notícia de que seu teste de gravidez dera positivo. Não quis levantar. Enfiei minha cabeça sob o travesseiro e segui dormindo. Liguei para minha chefe e disse que não iria trabalhar. Voltei para a cama e fui acometido de um surto que durou cerca de 48 horas. Nesses dois dias poderia ter escrito um compêndio de oito tomos sobre a destruição da juventude pela paternidade, tal era meu desespero. Era setembro de 2003, vivíamos em Brasília participando dos primeiros dias do governo Lula e estávamos imersos em uma esperança que hoje nos parece tão distante, mas que à época nos permitia sonhar com um novo futuro. Nenhum de meus amigos era pai. Ninguém da minha idade tinha

Paternidades III: Paternidade e cânones atuais, por Ricardo Gomides

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Nesse e no nosso próximo post sobre o tema Paternidades apresentamos o relato de dois papais sobre sua prórpia experiência. Boa leitura! Paternidade e cânones atuais Diante da proposta de pensar minha experiência de paternidade, iniciada há pouco mais de 8 meses, curiosamente me veio a associação com a “angústia de influência” de Harold Bloom. De algum modo nós, que criamos nossos filhos, sofreríamos algo similar aos literatos quando criam suas obras. A teoria deste crítico aponta uma dificuldade no caminho de formação dos escritores: superar a influência de seus mestres literários, os cânones da escrita exemplar, para conseguirem atingir um estilo próprio. Penso que os pais recém-chegados a esta seara sofrem com a influência de seus outros cânones. Confesso que alguns deles me eram completamente desconhecidos até bem pouco tempo atrás – o que não diminui em nada sua capacidade de domínio. Acredito que vale a pena falarmos de algumas destas referências capazes de constitui

Paternidades: "Sobre o padrasto", um texto de Lia Pitliuk

SOBRE O PADRASTO Veja a seguir uma adaptação do texto “Winnicott e as novas configurações familiares” de Lia Pitliuk , apresentado no X Encontro Brasileiro sobre o pensamento de D. W. Winnicott, que ocorreu em São Paulo em 5 de setembro de 2015. Essa nova versão foi feita especialmente para compor as reflexões acerca da paternidade no  Blog do Departamento . Confiram! Com o objetivo de trazer uma situação simples para clarear como enxergamos e como trabalhamos as assim chamadas ‘novas configurações familiares, escolhi falar do padrasto. Essa escolha foi disparada por uma cena que aconteceu no meu consultório, numa consulta com um casal.   Trata-se de uma situação já corriqueira para nós, a de um padrasto à procura de uma analista para sua enteada. Na consulta do casal comigo fico sabendo que estão separados há mais de um ano e emerge uma necessidade grande dos dois de processarem sua história de casal, o que fazemos por várias consultas. Em um desses encontros a mãe diz ‘v

Paternidades: Pais para que? por Vera Iaconelli

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Neste mês nosso tema é "Paternidades". Estreamos com o texto de Vera Iaconelli. Imagem em fotos  https://m.facebook.com/SomosFamilias/ PAIS PRA QUE?  O termo “pais” encerra uma ambiguidade em português, podendo se referir tanto aos homens na função parental, quanto ao casal parental. Neste sentido, a pergunta do título, visa os dois sentidos, mãe/pai e pais, uma vez que um reflete diretamente no outro.  Desde o século XV, com os problemas sociais decorrentes do descaso generalizado a que estavam submetidos bebês e crianças, que se busca uma forma de se dar conta desta população. Não havendo contracepção eficaz, o aborto colocava em risco, muito mais do que hoje, a vida da mulher e obviamente as gravidezes não respondiam necessariamente ao desejo dos pais. A massa de bebês e crianças, mortas, abandonadas e entregues aos cuidados de mães mercenárias vai se tornando um problema social que aflige a todos e onera o estado. Saídas como criá-los para se to