As outras línguas da psicanálise (sobre o evento “Questões sociais e políticas na história da psicanálise”)
As outras línguas da psicanálise (sobre o evento “Questões sociais e políticas na história da psicanálise”) Nos anos 70, quando foi fundado, o curso de psicanálise do Sedes era muitas vezes chamado de “alternativo”. Era um termo criticado, pois colocava-nos em uma oposição desnecessária a outras formações. Mas, de fato, fomos a primeira alternativa de formação fora da IPA. Estar no Sedes sempre teve a ver com o desejo de conexão com uma psicanálise ligada a movimentos de vida e criação, inserida na luta por um mundo melhor e pelos direitos humanos. Naquele momento pensava-se em uma psicanálise militante e procuravam-se as relações entre marxismo e psicanálise. Havia um grupo de psicanalistas argentinos que fundara o movimento Plataforma, procurando estruturar um pensamento sobre uma clínica que se articulava com questões políticas e sociais. Muitos desses argentinos juntaram-se a nós. Acreditávamos que a simples escolha de um lugar regido pela Cart...