Primeiras Palavras numa Manhã Tardia
Hoje no Blog do Departamento tem poesia do nosso colega Thiago Majolo . Confiram! PRIMEIRAS PALAVRAS NUMA MANHÃ TARDIA Agora que a luz alaranjada do oriente tromba no topo dos edifícios e se esquiva e o horizonte renova a silhueta da cidade voltemos a nos deitar nas horas gastas com a saudade de um nada manifesto entre roupas e lençóis largados no chão e nos poupemos por mais algum tempo das exigências da grande máquina. Lá fora a autoridade de mãos sangrentas reitera a pureza de sua imagem sangrada. Cá dentro defendemos o sangue guardado e esqueçamos o lado de lá do acontecimento pelo acontecer majestoso dos interiores. Há uma reconciliação a ser feita entre nós sempre tão desiguais em cheiros e ideias. Nos espreguiçaremos nus como no sétimo dia. Eu aprendendo no olfato a sua lavanda você degustando a minha macieira. A pressa tem nos colonizado por ponteiros que rodam a voltar num sem parar tedioso. Então nos estiquemos no ócio do ...